sábado, 3 de setembro de 2011

Corte-se, para que você possa se divertir...


Essa é apenas mais uma daquelas histórias que você já ouviu
Corte-se, para que você possa se divertir
Ele foi apenas mais um com seu final feliz arrancado de dentro
E ela foi quem tacou fogo no seu próprio teto
As cartas chegavam toda semana com as mesmas promessas
Enquanto ela dormia com mil homens sem alma, sentia algo morrer
Alma negociada e o frio a congelou
Vida infeliz fez a honra como um troféu
Ele sentia-se bem ao pensar que não teria fim
Pequenas crianças incumbidas de atirar com suas armas
O relativo está dentro de cada coração
E sua alma é o que permanece
Um dia ela sentou e chorou
Ao perceber as algemas colocadas dentro de seu feto
Alguém gerado por não se sabe quem em não se sabe onde
A ajuda de onde ela mais queria não poderia chegar outra vez
Pequena garota fez o que achou que seria bom
Feto mal querido foi mandado descarga a baixo
Luzes apagadas e então todo mundo consegue sorrir de novo
Ele apenas não sabia o que sentir
Cartas de respostas jamais chegaram novamente
Abra sua ferida e deixe o sol queimá-la
Toda vontade do instinto tem seu preço
Ele sempre soube que estava errado
As nuvens ficam negras tapando mais uma vez a lua
Ele precisava sair dali
Ele sempre sentiu, mais agora não agüentava
Restava o clichê de quem não foi criado pra sentir de verdade
Pólvora queimada e o trato desfeito
Ela nunca quis que chegasse nesse ponto
E jamais acreditou que tivesse coragem tamanha na hora errada
De joelhos na frente de algo maior agora
Junto dela por espírito ele orou por sua honra
Viciada na substancia do sofrimento
Corte-se, para que você possa se divertir

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