O
dia em que eu morri era um dia comum de aula. Agora, como eu desejava ter tomado
o ônibus... Mas naquela hora não estava afim!
Lembro-me
quando eu bajulei minha mãe pra ela me dar à chave do carro. Seria um grande favor
que ela estaria fazendo pra mim. E implorei!
TODOS
DA PATOTA TRANZAM NO CARRO, MÃE!
Quando
soou a sineta das 2:50 joguei todos os meus livros no armário. Eu estava LIVRE
até as 8:40 da manhã do outro dia.
Corri
para o estacionamento entusiasmado pelos pensamentos de dirigir um carro, e ser
meu próprio chefe: LIVRE!
Agora
não importa me lembrar de como aconteceu o desastre. Eu estava sentado, com o
pé no acelerador correndo "pacas", estava gozando da minha própria liberdade e
tendo um tempo sensacional.
A
ultima coisa que me lembro é de uma velhinha que parecia estar andando devagar
"pra burro". Depois só ouvi aquele barulho enfurecedor e um terrível
solavanco. Ferro e vidro voaram pra todos os lados... Meu corpo inteirinho
parecia sair de dentro pra fora!
De
repente... Acordei, tudo estava calmo, quieto,
silencioso; um policial estava em pé me olhando. Então vi um médico, meu corpo
estava estraçalhado!
Eu
estava feito uma posta de sangue, pedaços de vidros estavam me picando o corpo.
Só que eu não sentia nada. CARAMBA!
Hei!
Não puxem esse lençol sobre minha cabeça... Eu não posso estar morto! Tirem
esse lençol de cima de mim "cara"!
Depois
fui colocado numa gaveta! Meu pessoal teve de vir me reconhecer.
_
Porque eu tive que ser visto assim? Porque tive de olhar pra todos os olhos, de
mamãe então. Ela encarava a mais triste e terrível situação de sua vida. Papai de repente ficou velho, sua voz
estava assim quando ele disse ao encarregado ‘sim , é meu filho’ meu funeral
foi uma triste fantástica experiência!
Eu
vi todos os meus amigos e parentes passarem em frente ao meu caixão, eles iam
passando... Um a um, olhavam-me, com os olhares mais tristes do mundo!
Um
olhar que jamais vi, alguns dos meus amigos estavam chorando, alguns tocavam
suas mãos em mim e soluçavam sem conseguir absolutamente NADA!
Por
favor, alguém me tire daqui... Acorde-me! Tire-me daqui!
Eu
não aguento mais ver meus pais tão arrasados. Meus avós estão desnorteados de
pensar e quase não poderem andar, meus irmãos estão como zumbis, andam como
robôs!
Ninguém
acreditando no que viam!
Nem
eu acreditei...
Por
favor, não me enterrem, eu não posso estar morto.
Eu
quero VIVER, brincar outra vez, quero poder cantar, dançar, sorrir!
Por
favor, não me ponham debaixo da terra, eu prometo que se eu tiver mais uma chance...
DEUS: eu serei o motorista mais cuidadoso do mundo todo, só o que eu quero é
uma chance. Uma nova chance. Só uma... Uma... Só uma CHANCE!
‘POR
FAVOR, DEUS EU TENHO SÓ 17 ANOS... SÓ 17... SÓ 17... SÓ 17...
DE
UMA CHANCE A PAZ!’ (John Lenon)
Pense nisso!!! Postado por Micheli.
Sabe qdo foi escrito esse texto?
ResponderExcluirOlá, narrei este texto em 1981, Impactante para a platéia, marcante.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse texto é antigo, li a primeira vez quando eu tinha uns 13 anos, hoje tenho 51. Não é do John Lenon, autoria é desconhecida.
ResponderExcluirAntigo mesmo li quando tinha 10 anos, hoje tenho 37.
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